domingo, 23 de maio de 2010
Espelho da alma.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Chuva, lágrimas do céu.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Voou do varal numa noite qualquer.
O mesmo varal onde pendurei minha fé.
Voou também.
Nem vi.
Venta muito por aqui.
Nada fica firme por muito tempo.
As roupas não secam, somem.
Voam.
Sei lá pra onde.
Já não sei o que vestir quando me convidam.
Por isso, nunca aceito.
Fico em casa com satisfação.
Vou até o quintal e aproveito o tempo para estender fotos, passados, sonhos.
Tudo no mesmo varal.
Só para tirar o mofo, tomar um ar.
Mas sempre voam.
Voam sei lá pra onde.
E eu vou perdendo as peças da minha história.
Uma por uma.
Tudo que eu amo desaparece.
Do quintal da minha casa nem da pra ver o seu.
Mas imagino que lá no fundo, num cantinho, também tenha um varal.
O seu varal.
Onde não venta.
E devem estar pendurados: meu sorriso, minhas certezas, minha fé.
Quem sabe um dia bate um vento e, de tão forte, te faça trazer de volta o que sempre foi meu.
E falta.
No meu quintal.
O tempo voa enquanto espero.
Estendo a vida num varal.
Esperança já não há.
Voou sei lá pra onde.
Nada fica firme por muito tempo.
E venta muito por aqui...
sexta-feira, 7 de maio de 2010
O passado ligado ao futuro,
Xeque-mate
Talvez, alguém um dia me disse a verdade.
Que o meu palácio é vazio
Que minha rainha é ilusão
Meus bispos falsos mentirosos
Querem o poder da minha mão
Meus cavalos relincham, xingam
Mostrando-se mais espertos do que eu.
Meus pilares já caíram,
Velhas torres que me deixaram no chão
Meus piões já não suportam a linha de frente
Querem suas vidas em suas mãos.
Talvez, alguém tenha me falado a verdade
Que não posso avançar como quero, tenho minha limitação
Um passo de cada vez, essa é sugestão.
Minha rainha é livre para quando quiser me deixar
Vai como quer em qualquer direção.
Ao lado, limitados, sempre com a mesma visão.
Quem está a nossa frente, e que consegue mudar
É parado ou sacrificado.
Talvez, tenham me falado a verdade
Serei sempre protegido por uns e atacado por muitos
Terei que ver a frente se quiser vencer.
Cometerei erros, e amigos se vão.
Talvez, essa seja a verdade
Meu castelo não tem paredes,
Não tem divisão,
Tem um objetivo que está na minha mão.
Tenho uma rainha a cuidar, amigos fiéis a zelar
Se é preto ou é branco não devo reclamar
São iguais mas diferentes e assim devem ficar.
Talvez....