quarta-feira, 3 de julho de 2013

Hoje.

Dia seguinte aquela festa, aquela bebedeira ele acordou com dor de cabeça. Havia passado a melhor noite de sua vida depois de muito tempo. Lembrou de sua noite, um sorriso em seu rosto apareceu, tantas garotas dançando, tantas risadas, mas o melhor daquela noite foi conhecer aquela garota. Aquela garota que estava ao seu lado neste momento.Ele encontrava-se até tímido de olha-la desnuda neste momento, por isso estava só lembrando. 
Ela era maravilhosa, seu sorriso era lindo, seus olhos o encantavam, sua doçura passava das palavras e transbordavam em sua pele. 
Como poderia estar apaixonado depois de uma noite? - Não tem como não se apaixonar, ele pensou. 
Tanto carinho, as palavras da noite de sonhos em comum. Eles falaram de casamento! Que absurdo! Ele pensou mais uma vez. 
Uma noite mágica e ele já queria casar? Mas sua certeza era grande, ele sabia que era com Mônica que ele queria ficar, tanta afinidade não era normal, nem tanto sentimento. 
Ele então parou olhou para ela, era mesmo tudo verdade a noite realmente aconteceu! Mônica era linda, ainda dormia como uma princesa, um sono puro, como se fosse o último dia de sua vida e tivesse que aproveitar. 
Ele sorriu levantou da cama viu o quarto que estava uma bagunça agora. As coisas dele e de Mônica estavam espalhadas, sempre teve algumas superstições então foi levantar a a bolsa dela. Sempre achou que bolsa no chão dava azar, "espanta dinheiro". A identidade e outros documentos de Mônica, ele pegou, por  impulso leu.
Não acreditou, ficou a olhar para a identidade e para Mônica, não sabia mais o que fazer, só sentou no sofá perto ainda olhando para ela, linda sem dúvidas, ele pensou.
Depois de alguns minutos Mônica acordou, deu bom dia para ele. A resposta del foi tranquila, ele não queria demonstrar sua aflição, afinal tudo que achou, tudo que pensou... então disse: "Bom dia, quem é você, Michele?"  

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O dia seguinte.



Ele abriu, finalmente, olhou aquele velho brinquedo que estava usando, agora quebrado. Fazia tempo que não usava. A caixa já estava diferente, não se parecia em nada com a ultima vez que tinha sido usada. Ele então olhou aquilo mais uma vez. Ficou com vergonha de ter mostrado a outra pessoa seu brinquedo. Logo aquele brinquedo que tinham lhe dado desde menino para ser brincado só com a pessoa que ele julgasse certa. Parece tão estranho,ele foi usado tão pouco e inesperadamente, "mas ele é para ser usado inesperadamente", ele se pegou pensando. 
O pior é que quebrou está agora em pedaços, terá que ser remontado, talvez colado, mas nunca será como foi antes. Ele mesmo achava que nunca poderia usar seu brinquedo, sempre existe o medo de quebrar algo assim tão frágil, tão valioso, como aquele brinquedo. 
Pegou o brinquedo, os olhos encheram de lágrimas, mais uma vez. Um soco na parede um urro tenta sair da sua garganta, mas nada, nada saí.A garganta estava tão seca que nada poderia sair, as lágrimas praticamente viraram saliva, mas não descia, a garganta estava fechada, nada era mais tão importante como fora, seu brinquedo quebrado, naquele momento, parecia mais importante que tudo, não havia nada que ele pudesse fazer, seu brinquedo havia sido quebrado por uma outra criança de propósito, mas não por maldade, ele sabia,mas nem por isso ele deixava de ficar com aquele vazio. Agora não sabia bem ao certo como perdoar.
Ele pensou imaginou, como perdoar tal criança inocentemente tão má. Não tinha não havia como, seu brinquedo, seu mais preciso brinquedo, ele pensou. Ele nunca tinha dito a ninguém que tinha, tentou guardar. Ele só tinha mostrado aquele brinquedo para umas poucas pessoas e mesmo assim estava agora em pedaços, destruído. 
Então respirou fundo, passou algumas fitas para prender os pedaços. Encheu os olhos de lágrimas  e saiu da frente do espelho não aguentava mais ver seu rosto já barbado e seu coração em pedaços.