domingo, 4 de julho de 2010

Reflexos.

Domingos tardios
trazidos a mim, uma repetição dos fatos
o acaso, um traço, um passo
deixam-me aqui, pra ti
esquecido, vazio, morto

Rever a mesma imagem no espelho
de um homem feito,
barba mal feita, desajeitado
sorriso mudo
Alma vazia.

Acredita,
sonha, imagina que poderia ser diferente
só, aquele reflexo aparece no espelho
mas a carne ali não está
só uma dor que não consegue calar
de feito o que acha certo reclamar

Dor, por ter perdido a alma
uma lembrança de alguns minutos estendidos
fim de semana guardado, parado
quem sabe deixado largado
mas nunca esquecido

Trágico feito
de ter feito o certo
por errar em fazer o certo
maldito! Irado!
Vazia alma afogada em prantos

Por que é tão difícil
como fazer, se nada era pra ti?
ô bobo coração,
como ficou em pedaços
por que fica triste ao não errar?
por ver os outros aquele olhar

Pessoa má, quem sabe...
esse é o triste fim de não começar.

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