terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Em algum semáforo por ai.



Palavras que ouvi:
Mãe: "Cláudinho, quer pegar nele?"
eu: "a claro, ele é lindo, posso mesmo?!"
Mãe: "ah sim, sim pega mas senta ali na cadeira" (morrendo de medo)
eu: "ok" ( e peguei aquele pequeno ser, não tão pequeno assim, pois é um bebê enorme... )
Mãe ainda meio apreensiva me olha e depois de alguns segundos diz:
"ah bom. Sabe pegar no bebê melhor que o pai!"

Pois é, tenho até uma certa pratica com crianças. Esse dialogo me fez pensar em ser pai.
No minuto seguinte essa idéia se foi. Não seria um bom pai. Minha filha (
sim se ocorrer um dia tenho preferência por uma menina) será uma pobre criança frustrada. Como eu sei? Eu me conheço um pouco e todas as minhas tentativas de fazer dela minha filha e amiga seriam frustradas, seria do tipo de pai que chegaria exatamente na hora que a filha está começando a flertar com o carinha mais popular da rua e diria: "ah... sabia que até pouco tempo ela não gostava de trocar a fralda?".
Basta eu pensar nisso pra já achar que serei um pai horrível. Me pergunto o que passa na cabeça de certos casais aqui no brasil/ceará
(mas não só aqui, falo em específico desse pq conheço bastante.) que "fazem menino" como se quisesse montar um time de futebol, e decepcionados pq não completaram o time (pena só tiveram 10) soltam as pobres crianças nas ruas, para ficar fazendo malabarismo em frente a um sinal vermelho, ou costurando, entre carros em frente aos mesmo olhos cor de sangue que deixam esses automóveis com medo de seguir adiante, e pedindo trocados para poder ter o que comer, e se voltam com brinquedos ganham marcas para aprender a sustentar o vicio dos pais.
Não aceito fatos tão "banais" que acontecem diariamente.
O que fazer?! Como mudar isso?! Não sei, mas esse tipo de pai eu não quero ser.

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